sexta-feira, 2 de maio de 2008

Amor do mundo de nós dois.

Peça-me um beijo clara donzela,
E deixarei escapar os lamúrios de uma alma sentimental
As armas entre meus dedos podem esperar,
As baterias andejantes de clarins também.

Os barulhos que ouves são todas as coisas que faço
Tomar de assalto montes frágeis, arbustos insolentes
Certas paisagens que crês estar vendo são só sonhos dos quais esqueceste
E que cansaste de tanto sonhar.

São tantas pelejas irmão
Que nem contar vale
São dardos flamejantes cortando em fiapos nossas esperanças
São só guerras justas a ceifar mentes já compradas.

De que valerá usar tanta assiduidade?
Quantos gatilhos podem valer tanta acuidade?
Quem trocará pães rotos por suas metáforas prolixas irmão?
Quem vai saber que vales mais que o isqueiro que trazes no bolso?

Aqueles sujeitos desviados que cortam a terra
Mastigam pedras, bebem do riacho turvo e nunca dançam
Só cortam e cortam.
Não nos espantemos, estão lutando pela mátria!
E nós, onde estamos?

Mas não vale a pena contar quantos.
Para que saber?
Novas abstrações não poderão nunca fazer das rochas damascos.
Apenas mantenha o beijo senhorita. E esqueça onde estamos.
Por que alguém vai se importar?

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