Poetas também comem
Mas ao absorverem cada um dos sabores
Metabolizam o risco de cada gosto
Para temperar a eucaristia santa
De cada estrofe.
Poetas também admiram o belo
Mas a beleza que vêem
É aquela que torna a vida irrequieta
Entre o brilho proibido do infinito
E o sopro quente que sustenta uma vida.
Poetas também fazem sexo
Mas dissipam em tramas absurdas
Toda a incapacidade de entender
A destemperança natural
Diluída no soluço intermitente do gozo.
Poetas também morrem
Mas como todos, não gostam de morrer
Eles sabem que a morte é o fim do sentir
Não poder nem ao menos sofrer ou doer
E não sentir, para o poeta
É ver a poesia andante encontrar a única eternidade que nos é permitida:
O não mais.
Jaisson
Fev. 2008
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
domingo, 1 de fevereiro de 2009
Hey, hey! Jude?
Triste tramado de aço
limites de mim mesmo ao mundo dos outros
Tratado assinado por um deleite e um suspiro.
A tragédia foi o mar virando pedra
engolindo as pessoas que correm demais
talvez por não aguentar o cheiro das próprias angústias.
Quem sabe o dia em que o ódio virará só um provérbio de melancolia
No coração dos que querem paz
E se preparam para rir da guerra.
Fev. 2009.
limites de mim mesmo ao mundo dos outros
Tratado assinado por um deleite e um suspiro.
A tragédia foi o mar virando pedra
engolindo as pessoas que correm demais
talvez por não aguentar o cheiro das próprias angústias.
Quem sabe o dia em que o ódio virará só um provérbio de melancolia
No coração dos que querem paz
E se preparam para rir da guerra.
Fev. 2009.
Poesia VS Amor I
Amo-te flor,
Mas amo mais a poesia
E a poesia não tem amor
Ao amor de cada dia.
Amo a poesia minha
Mas se amo mais outrem
A poesia que amei sozinha
Foge de mim para ninguém.
Por que a poesia foge do amor?
Será que um amor a fez doer?
Mas se o amor não sabe poetar,
Um poeta sabe de amor morrer?
É estranho assim ponderar
Porque a poesia diz o querer
Mas o querer não é amar
Porque o amar se faz sofrer.
Jaisson
Fev. 2009.
Assinar:
Postagens (Atom)