quinta-feira, 15 de maio de 2008

Alheio amor de toda vida

Não flerte comigo moço, não posso, não há tempo para pilhérias!
Esse cestinho de poesias não vai comprar minha alma,
Sabes que prefiro colarinhos cheirosos
A estes teus versinhos manhosos...

Quase sempre me retiro do espetáculo
Pra algum canto escuro dentro dos meus bolsos
Cheios de moedas e canções mundanas
Perdidas entre desfolhadas paixões tempranas...

Amélia não sente minha saudade, infortúnio!
Hirsuta mulher cheia de veneno nas ventas,
Todo um ódio molhado nos olhos e
Nenhum desvio sequer entre os lábios de libélula.

Aquelas noites quase matutinas fizeram do meu corpo teu carma,
Miríades que recontei na falta de um afago teu que nunca senti.
Amor que veio ao mundo sem cueiros e
Sepultou o último grito de paz que rangeu nesse melindroso coração.

Jaisson
Maio 2008

Nenhum comentário: