domingo, 3 de agosto de 2008

Recôncavo poético no divã



Fez do meu quarto um oceano,
E não me ensinou a nadar.
Mar seco, no qual correm só sonhos
Reverberando na orla...
(sublimação?)
Calmos dias e tênue brisa,
Grossas noites de tormenta
Feitas de raios e recuerdos.

Esse pélago azul do passado
Há de acabar um dia?
Em qual ilha te encontrarei
Para cortarmos troncos verdes
(esperança ou saudade?)
E fazermos uma jangadinha
De cipós frouxos
(desejos?)
Que nos levará sobre o molejo molhado
Até o porto mais próximo
do horizonte de nós mesmos?
(id, ego ou superego?)


Jaisson.
Noites de mar.
Porque há coisas que simplesmente não.
(sem verbo e portanto sem ação.)

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