quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Flor do rei



Sob teu pólen cantaram os homens do Sol
Nos arrabaldes de tantas manhãs assoalhadas
Cânticos soprados pelas rédeas de braço
Em sina sem época, lavada pelas madrugadas...

Em direção ao peito desatento
Tuas pétalas são as flechas de arqueiro
Mansamente apontadas, sem clemência
Levando na ponta três gotas de amor.

A providência te fez brotar
Primavera perene, estrela lírica e viçosa
Fazendo do dia claro seu único mantimento.

Pretérita beleza da sapiência heráldica
Flor-mãe das criaturas de Deus,
Imagem da humanidade aos pés do sol,
Que não principiou
E não há de jamais fenecer.


Jaisson
Agosto 2008.

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