quarta-feira, 6 de agosto de 2008

História (de amor?) de um amigo.

Matreiro, às espreitas,
Lá vem o ladrão da vida
Alcoviteiro dos desejos
Que cintilam nas almas mortais.

Na cabeça um chapeuzito!
Ele anda de suspensórios
O amor é retrógrado,
Porque afinal não acata o tempo.

Nos receios libidinosos
Rios de gasolina
Ele cospe centelha
Queima sisudos cercados de corações cerrados.

O amor é cineasta do sentir
Sentir-se vivo, sentir-se incólume
Junta trapinhos de linho
Tece assim a prata dissonante da primavera.

Viva o amor!
Amados eternamente amantes,
Até no seio do inferno, meu bem.

Viva o amor!
Sol beija a face da lua, de tardinha,
É a canção do universo, meu bem,
Cantiga que tropeia os viventes,
Caldo alegre que se toma na própria casca!

Ah! Corre atrás dele quando ele fugir,
(ele gosta de fugir e corre feito louco)
Não te aflijas, cata uma pedrinha
Mira bem,
Pimba! O amor emborcou-se feito siriguela,
É só juntar e comer de lambuzo.

Viva o amor!
(porque se não o viveres, serás tu que não viverás.)


Jaisson
Ao amigo Chico.
Agosto, 2008.

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