Gotas de amor e poesia.
Mãos gélidas
Leves
Trêmulas e sem sol.
Em suas palmas versos
Amaciados de suor.
No peito um reator
Bombeando rimas
Para ninar-te em meu seio
De palavras.
Cais do porto
É a tragédia de amar
Onde só teu corpo é
Leito crépido de águas
No qual corro a nado
Canso, soluço
Morro.
Aí então sou só uma concha
Útero de vida agora desabitado,
Imóvel, insolúvel, pedra de sereia
Guardando o mar em seu âmago
Como poetas
Que de tão vivos morrem em silêncio
E guardam seus amores
Entre metáforas e reticências.
Jaisson
(Seguindo o nosso inevitável destino: amor sem conta)
Julho 2008
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