sexta-feira, 18 de julho de 2008

Gotas de amor e poesia.


Mãos gélidas
Leves
Trêmulas e sem sol.
Em suas palmas versos
Amaciados de suor.
No peito um reator
Bombeando rimas
Para ninar-te em meu seio
De palavras.

Cais do porto
É a tragédia de amar
Onde só teu corpo é
Leito crépido de águas
No qual corro a nado
Canso, soluço
Morro.

Aí então sou só uma concha
Útero de vida agora desabitado,
Imóvel, insolúvel, pedra de sereia
Guardando o mar em seu âmago
Como poetas
Que de tão vivos morrem em silêncio
E guardam seus amores
Entre metáforas e reticências.


Jaisson
(Seguindo o nosso inevitável destino: amor sem conta)
Julho 2008



Nenhum comentário: