Sigo só
Ó vida que embala
Meus imbróglios, meus embrulhos
Meus soslaios e espúrios
Meu nó.
Subo o muro devagar
Até rachar meus sonhos nos vidros cacos
Mãos ardentes em nacos
De dó.
Sigo como pranto de chaleira
Porque só obedeço ao céu
Sigo como rasgo de esperança
Porque não faço senão esperar
O par de olhos que há de ninar
Essa minha solidão de bordel.
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