A noite se impõe
Ainda que teu peito em vão desespere
Das luzes ofegantes, trêmulas
Do suor escaldante, recompensa
Ao dia que tuas próprias mãos revolveram.
Essa noite (aquela que se vive só)
Revela do teu dentro a moldura
Ao dar de comer aos teus ódios o silêncio
Em que tão somente o corpo.
Se impõe
Lava teus olhos, riscados sol à sol
Nesse escuro molhado
Da tua treva particular
Faz das retinas fatigadas
O altar das tuas dores,
Nesse antro de todos os mundos
Em que a vida se impõe.
Jaisson
Jul /2010.
2 comentários:
Bela poesia
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