domingo, 9 de dezembro de 2012

Sim, é um blog só de poesias. O que não significa muito nesse tempo em que todos os poetas se foram sem deixar rastro. O mundo clama por um pouco de poesia, como um cão sedento desesperado atrás de um gole de água dormida. Como uma criança que busca os olhos da mãe na esperança de que ela ainda seja uma parte sua. Se quiseres ler algo, talvez possamos, eu e tu, dar asas ao pequeno milagre do reconhecimento, pois ao ler uma poesia não lemos ao poeta que a escreveu, lemos a nós mesmos diante do texto. Sim, há uma breve referência ao filósofo francês Paul Ricoeur, o que seria um mínimo para alguém que teve o privilégio de estudá-lo em suas andanças pela vida acadêmica. 
Àqueles que em vão quiserem me decifrar por essas mal traçadas linhas, afirmo que não sou eu quem faz esses versos. Eles é que fazem a mim.

Jaisson
Dez 2012
(um pouco antes do fim do mundo)

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